Pr.Érico Rodolpho Bussinger
O sermos cristãos exige de nós uma convicção própria a respeito de cada assunto (Rm.14:5). Aliás, nós não deveríamos fazer nada, dar um passo sequer, sem convicção. Se Deus nos diz que tudo que não é feito com convicção (o que não provém de fé) é pecado (Rm.14:23), então eu creio que deveríamos ser os mais convictos, mais firmes, dentre os seres humanos. As pessoas deveriam vir se alojar “à sombra da nossa convicção”, ou buscar refúgio em “nossa sabedoria”, pois que iluminados por Deus. É o que deveria ser.
No início Deus instituiu o casamento, como sendo a união não somente estável, mas única e duradoura, entre um homem e uma mulher. Isto é casamento. Qualquer outra concepção é fora da Bíblia e da vontade de Deus. Mas é o que mais ocorre. Que os homens andem fora dos padrões de Deus é o que Satanás mais deseja. As aventuras “mais agradáveis” entre os seres humanos giram exatamente nessa área da “conquista amorosa”. E sempre fora do casamento. Portanto, fora da vontade de Deus, fora da Bíblia. Os adultérios, fornicações, homossexualismos, sexo virtual e demais impurezas sexuais, que Deus chama claramente de pecados, são exatamente os temas mais atraentes de livros, filmes, novelas e fotos. O que mais faz sucesso. Onde as pessoas mais pecam.
Se toda transgressão na área sexual se constitui em pecado aos olhos de Deus, é bem verdade também que não são os únicos pecados. Existem pecados nas relações promíscuas dos homens com o dinheiro e o que é material, existem pecados muitos na área do auto-controle (ira, maledicência, etc.), nas relações sociais (vaidades, violências, ciúmes, invejas, etc.). A realidade é que somos todos pecadores, e o mundo todo está no pecado (1 Jo.5:19). Mas foi exatamente por causa do pecado (e somente por isso) que o Senhor Jesus Cristo veio ao mundo. Seu sacrifício é totalmente eficaz para apagar os pecados todos, inclusive nessa área sexual. Se somarmos a estas verdades acima o fato de que fomos criados todos carentes de sexo (ou atenuadamente, de relacionamentos), vamos entender por que Satanás é um grande especialista nessa área...
O mundo é totalmente “encharcado” de informações e atividades nessa área sexual. E não somente depois de Freud. Qualquer solução para essa verdadeira “problemática” será sempre considerada “simplista”. E para completar, são temas dos quais as igrejas e os pregadores normalmente fogem...
Contribuindo (um pouco), lembro que não podemos fugir à Bíblia (para nós, única regra de fé e de prática). A única união aprovada por Deus e digna de ser abençoada por Ele é o casamento. “União Estável” nada mais é, à luz da Bíblia, que um adultério publicado e cada vez mais “aceito” pela sociedade.
E o que Deus pensa acerca da “união estável”? Para mim, este é um tema vasto e inesgotável. Não cabe aqui. Será que Deus rejeita por completo uma pessoa “não casada” formalmente? Ela não terá salvação? E o que fazer, se o outro cônjuge “estável” não quer “casar” (no papel)? Para ajudar, cito 1 Co.7 , onde Deus ordena aos casados (v.10) que não se separem. Mas aos outros (será que os da “união estável” estão incluídos aqui?) a orientação apostólica também é de que não se separem (v.12). E aí? Quem são esses “mais” do v.12? Pessoalmente, eu não sinto autoridade, como pastor, para “ordenar” a irmãos que se convertem e vivem juntos que se separem. Nesse assunto confesso que tenho muitas dúvidas sobre o que falar e fazer.
Mas há um aspecto sobre o qual não tenho dúvida alguma: quando um casal de crentes vem pedir para celebrarmos uma “união estável”, eu tenho que responder que considero isso pura esperteza, querer “dar a volta” em Deus, por algum interesse pessoal ou material. E graças a Deus, creio que a maioria dos pastores (senão todos) estão concordes nisso:
NÓS NÃO CELEBRAMOS “UNIÃO ESTÁVEL”. SÓ CASAMENTOS.
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