quinta-feira, 29 de outubro de 2015

ESTÁ CHEGANDO A HORA...

   CABO DACIOLO PROFETIZA AO BRASIL
                               Pr. Érico Rodolpho Bussinger
     Há muitos anos tenho profetizado para o Brasil uma época de crises que culminaria numa guerra civil. Não é profecia minha nem “adivinhação” do futuro. É uma palavra clara de Deus a respeito de uma nação e de atitudes que determinam a ação de Deus contra ela. No caso a profecia “SANGUE EM SÓLO BRASILEIRO” se destinava aos cristãos, exortando-os a intercederem a Deus em favor da nação. A ação de intercessão, é evidente, deve ser acompanhada de arrependimento e confissão de pecados (2Cr.7:14).
     Desde a época da profecia até hoje muitas coisas aconteceram, mas nenhuma catástrofe de âmbito nacional, a não ser inúmeras calamidades da natureza em pontos variados do país (seca, chuva em abundância, onda de frio, terremotos, pragas, etc.). A ação das forças da natureza tem sido uma das maneiras preferidas de Deus para alertar o Seu povo na nação. Isto, porque o povo de Deus é o termômetro da nação, devendo ser o seu “sal” e a sua “luz” (Mt.5:13,14). Mas ainda não foi o cumprimento pleno da profecia. O Brasil é hoje o país recordista em assassinatos no mundo. Mas ainda não é a guerra civil.  Várias mudanças de governo transcorreram nesse período de forma pacífica. Mas não houve mais revoluções, até hoje. Desde 1964.
     Atualmente nós vemos o clima político “esquentar” no Brasil. Mas ainda não ocorreu a tal convulsão social.  Parece-nos que Deus está dando “um tempo” de oportunidade ao Brasil, à semelhança do profeta Jeremias, antes da destruição de Jerusalém. E para o Brasil não me consta que Deus tenha “mudado de idéia”. Ou seja, a profecia continua de pé.
     Até pouco tempo atrás, quase ninguém falava nessas coisas. Mas ultimamente vários cristãos têm recebido profecias sobre a situação atual. A mais recente e marcante, a meu ver, foi a que o deputado federal pelo RJ, Cabo Daciolo, um crente de cerca de 10 anos de convertido, trouxe da tribuna da Câmara dos Deputados, em Brasília, no dia 21/10/15.  O tempo de fala de cada deputado é limitado. Em menos de 5min.  ele orou a Deus, deu seu testemunho de conversão e de sua prática de leitura da Bíblia e de oração nos montes, falou em línguas, citou a palavra bíblica que Deus tinha mandado (Jer.2:17,19) e exortou o presidente da Câmara e a bancada evangélica.  Exaltou a soberania de Deus, falou do “mar de lama” de corrupção da nação, do “acordão” entre o governo do PT e o PMDB e afirmou que Deus continua no “controle da situação”. Ou seja, uma palavra bíblica típica de um profeta de Deus.
     Essa profecia está gravada, pode ser vista no youtube por qualquer um e eu creio que devemos falar disso. O deputado teve coragem de sair do seu partido de extrema esquerda, o PSOL, teve coragem de ir contra o presidente da Câmara e contra a bancada evangélica, além de não fazer vista grossa aos erros do Governo. Muito provavelmente ele não será reeleito. Mas quem sabe se, para uma conjuntura como esta é que ele, um militar do Corpo de Bombeiros, foi elevado à posição de Deputado Federal? Eu creio que a posição dele deve ser a nossa: não apoiamos o mar de lama da corrupção, mas também não voltamos nossa bateria para simplesmente retirar a presidente da República ou o presidente da Câmara. Eles não são os únicos, infelizmente. Talvez mais culpado seja o eleitor, que tem votado em pessoas assim. Mas afirmamos nossa fé na soberania de Deus, que pode usar um Eduardo Cunha, como tem feito, apesar de ele ter feito o que fez (embora não tenha sido o único). Deus o tem usado, como a outros também.
     Quanto a nós, não devemos, no meu entender, ter preferências políticas, nem acalentar a ilusão de soluções humanas honestas. Devemos clamar a Deus sempre e pedir a Sua intervenção no país, ainda que seja pela dor, como parece que vai acontecer.
     Oremos, povo de Deus!


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

DEUS QUEBRA GALHO?

QUANDO  É  QUE  DEUS  FECHA  OS  

OLHOS  E  TOLERA?
Pr. Érico R. Bussinger

     É interessante observarmos na Bíblia e em nossa experiência pessoal quando Deus usa a Sua misericórdia e, como que, esconde Seus olhos santos às nossas faltas de conformidade. Eu tenho procurado observar essas circunstâncias e analisar os seus porquês.  Há situações em que Deus  se mostra extremamente rigoroso perante nossos olhos e age duramente em uma situação em que nós humanos não vemos tanta gravidade.  É como se Ele filtrasse um mosquito.   E ao contrário, parece também aos nossos olhos, que algumas vezes Deus deixa passar um camelo pela Sua peneira (Mt.23:24 ).  Deus foi extremamente rigoroso para com os erros de Saul, enquanto foi bastante condescendente para com os erros de seu “protegido” Davi.  Por que?
     Em uma certa ocasião alguns colegas meus,  que não eram cristãos, observaram que um outro colega cristão se mostrava muito rigoroso para com os erros alheios, mas extremamente tolerante para com seus próprios erros. 
     Para nosso interesse, a bem da verdade, todos nós cristãos somos levados a ver, com facilidade, um argueiro no olho alheio, enquanto não vemos (ou não queremos ver) uma trave em nosso próprio olho (Mt. 7:3).  Nós criticamos a corrupção dos outros, mas fechamos os olhos às nossas “pequenas” sonegações.  Será que Deus também é assim?  Será que Ele se mostrará rigoroso para com os pecados dos não cristãos e extremamente paternal para com os pecados dos cristãos?  Esse conceito é o que muitos evangélicos gostariam de entender no “pecado que não é para a morte” de 1Jo.5:16.  Mas eu creio que não é assim.  Deus não faz acepção de pessoas.  Sua espada é de 2 gumes. Ele é rigoroso para com os de dentro e o será também para com os de fora (2Ts.1:4-7).
     O que eu entendo sobre a natureza de Deus é que “Ele vê o coração” das pessoas (1Sm.16:7 ), para avaliá-las.  Em 2Cr.7:7 vemos Salomão oferecendo sacrifícios a Deus no chão.  É claro que aquilo fugia ao conceito de altar.  Mas Deus não reprovou aquela atitude. Ele viu sinceridade no coração do rei e de todo o povo. A razão daquele ato foi que havia sacrifícios demais para serem oferecidos e eles não cabiam todos no altar.  Davi desfez o conjunto do santuário de Deus e levou a arca para junto dele, colocando-a em um tabernáculo provisório.  E Deus não o reprovou por isso.  Em nossa experiência pessoal com Deus, quantas vezes somos levados a fazer algo fora do preceituado.  E Deus pode aceitar o que fazemos.  O rei Ezequias celebrou a páscoa no segundo mês, fora portanto da data certa. E Deus aceitou.  Um pastor pode ultrapassar a velocidade permitida na estrada e a seguir pregar a Bíblia no culto.
     A base para esta atitude de tolerância de Deus em certas ocasiões e para com certas pessoas (a Sua misericórdia) é exatamente a mesma base para a justificação e a salvação de qualquer pessoa (Rm.5:1). Será sempre pela Graça e nunca por nosso merecimento (Ef.2:8,9).  Jamais vamos merecer a bênção de Deus por fazermos “tudo certinho”. A aprovação de Deus a uma ação nossa nunca será baseada no nosso mérito.  É por esta razão que Deus tolera tanta “coisa errada”  em certas  pessoas, enquanto parece bastante duro para com outras.  Enquanto Deus exige o “suor do rosto” de uns, aos “Seus amados” Ele dá o pão “enquanto dormem” (Sl.127:1,2).   Para agradar a Deus o caminho bom não é o legalismo (moralismo) ou procurar “andar direitinho”. Rm.4:5.  Mas para agradar a Deus deve-se dar-lhe o coração inteiramente.  Para essas pessoas Ele vai “quebrar muitos galhos”.   Repito: ninguém será justificado diante de Deus por fazer “tudo certinho”.  Deus tem usado muitos obreiros “pecadores”, enquanto  irmãos “certinhos” da igreja em geral não produzem frutos.  Você já observou isso?  Uma irmã “certinha” , que anda “na Lei”, pode até nem alcançar o que busca ou ser justificada (Rm.11:7).  Porém Maria parava o trabalho e se reclinava a ouvir o Mestre e Ele lhe disse que ela tinha “escolhido a boa parte”.
     Entenda o que fazer para agradar a Deus.  Não adianta se esforçar! (Sl.127:1).   Mas ame-O.   Atribuem a Santo Agostinho a frase: “Ame a Deus de todo o coração e faça o que quiser...”  Em palavras do apóstolo Paulo o conceito é o seguinte:  “ame, pois o amor é o cumprimento da Lei” (Rm.13:8-10 e Gl.5:14).  Apesar dos seus erros.

     Entenda este conceito, para você também escolher a boa parte e ver Deus do seu lado.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

CONSEQUÊNCIAS DE LIBERAR O PECADO


      A Holanda constatou ter sido um grande erro legalizar a maconha e a prostituição e iniciou ações de reparação dos danos. E aqui no Brasil tem gente fazendo passeata pela legalização dessa droga. A seguir, uma matéria da revista Veja (2008), escrita por Thomas Favaro, detalha esse engano: “A Holanda é um dos países mais liberais da Europa. Comportamentos considerados tabu em muitos países, como eutanásia, casamento gay, aborto e prostituição, são legalmente aceitos pelos holandeses. Em Amsterdã, turistas podem comprar pequenas quantidades de maconha em bares especiais, os coffee shops, e escolher abertamente prostitutas expostas em vitrines, uma tradição da cidade. No passado, De Wallen, o bairro da Luz Vermelha, como é chamado nos guias turísticos, foi relativamente tranquilo e apinhado de curiosos. Desde que a prostituição foi legalizada, sete anos atrás, tudo mudou. Os restaurantes elegantes e o comércio de luxo que havia nas proximidades foram substituídos por hotéis e bares baratos. A região do De Wallen afundou num tal processo de degradação e criminalidade que o governo municipal tomou a decisão de colocar um basta.
Desde o início deste ano, as licenças de alguns dos bordéis mais famosos da cidade foram revogadas. Os coffee shops já não podem vender bebidas alcoólicas nem cogumelos alucinógenos, e uma lei que tramita no Parlamento pretende proibi-los de funcionar a menos de 200 metros das escolas. Ao custo de 25 milhões de euros, o governo municipal comprou os imóveis que abrigavam dezoito prostíbulos. Os prédios foram reformados e as vitrines agora acolhem galerias de arte, ateliês de design e lojas de artigos de luxo. A prefeitura está investindo na remodelação do bairro, para atrair turistas mais ricos e bem-comportados.

De Wallen é um centro de bordéis desde o século 17, quando a Holanda era uma potência naval e Amsterdã importava cortesãs da França e da Bélgica. Nos últimos vinte anos, a gerência dos prostíbulos saiu das mãos de velhas cafetinas holandesas para as de obscuras figuras do Leste Europeu, envolvidas em lavagem de dinheiro e tráfico de mulheres. Boa parte dos problemas é consequência do excesso de liberalidade.

      O objetivo da legalização da prostituição foi dar maior segurança às mulheres. Como efeito colateral houve a explosão no número de bordéis e o aumento na demanda por prostitutas. Elas passaram a ser trazidas – nem sempre voluntariamente – das regiões mais pobres, como África, América Latina e o Leste Europeu.
A tolerância em relação à maconha, iniciada nos anos 70, criou dois paradoxos. O primeiro decorre do fato de que os bares podem vender até 5 gramas de maconha por consumidor, mas o plantio e a importação da droga continuam proibidos. Ou seja, foi um incentivo ao narcotráfico.

O objetivo da descriminalização da maconha era diminuir o consumo de drogas pesadas. Supunham os holandeses que a compra aberta tornaria desnecessário recorrer ao traficante, que em geral acaba por oferecer outras drogas. Deu certo em parte. Apenas três em cada mil holandeses fazem uso de drogas pesadas, menos da metade da média da Inglaterra, da Itália e da Dinamarca. O problema é que Amsterdã, com seus coffee shops, atrai “turistas da droga” dispostos a consumir de tudo, não apenas maconha. Isso fez proliferar o narcotráfico nas ruas do bairro boêmio. O preço da cocaína, da heroína e do ecstasy na capital holandesa está entre os mais baixos da Europa.

“Hoje, a população está descontente com essas medidas liberais, pois elas criaram uma expectativa ingênua de que a legalização manteria os grupos criminosos longe dessas atividades”, disse a Veja (2008) o criminologista holandês Dirk Korf, da Universidade de Amsterdã.

A experiência holandesa não é a única na Europa. Zurique, na Suíça, também precisou dar marcha a ré na tolerância com as drogas e a prostituição. O bairro de Langstrasse, onde as autoridades toleravam bordéis e o uso aberto de drogas, tornara-se território sob controle do crime organizado.

A prefeitura coibiu o uso público de drogas, impôs regras mais rígidas à prostituição e comprou os prédios dos prostíbulos, transformando-os em imóveis residenciais para estudantes. A reforma atraiu cinemas e bares da moda para o bairro. Em Copenhague, na Dinamarca, as autoridades fecharam o cerco ao Christiania, o bairro ocupado por uma comunidade alternativa desde 1971. A venda de maconha era feita em feiras ao ar livre e tolerada pelos moradores e autoridades, até que, em 2003, a polícia passou a reprimir o tráfico de drogas no bairro. Em todas essas cidades, a tolerância em relação às drogas e ao crime organizado perdeu a aura de modernidade.


Nota: Não existe jeito certo de fazer a coisa errada. E o pior é querer imitar aquilo que já se provou um erro. [MB]


quinta-feira, 1 de outubro de 2015

GUARDAR O SÁBADO ?

ACERCA  DE  GUARDAR  DIAS
                                               Pr.  Érico  Rodolpho  Bussinger
     Um dos temas que certamente têm ocupado grande parte do tempo de cristãos sérios  em suas discussões doutrinárias  é sem dúvida o assunto da guarda de dias, principalmente na freqüência  semanal, ou seja, se devemos guardar o sábado ou o domingo.  Mas a questão não se restringe à semana.   A guarda de dias santificados, como a semana santa, o natal e outros, ajuda a aumentar a discussão.  A base do assunto é sem dúvida o mandamento de Deus (Ex. 20:8-11), respaldado  ainda em uma constatação  prática e científica de que o homem não pode trabalhar continuamente, sem que daí decorra prejuízo para a sua saúde física, mental e  neuropsicológica. A modificação de atividades uma vez por semana é uma necessidade, tanto quanto o repouso noturno.  Ainda que não implique em descanso total, basta que as atividades sejam mudadas, para que já haja proveito.   No mundo ocidental o repouso semanal já está praticamente institucionalizado, constituindo-se em lei, na maior parte dos países. Inclusive em alguns deles o período se estende a 2 dias ou mais. Tem havido, no entanto, uma mudança de ênfase, com a evolução das leis, no sentido de desvincular o assunto da religião, passando a análise para a área de humanidades.
      Reforçado pela existência cada vez  maior de atividades nas 24 horas do dia (como postos de gasolina, polícia, companhias telefônicas, serviços essenciais, indústrias, vigilância, etc.), o enfoque se volta mais para a necessidade de um dia de descanso semanal, que em geral coincide com o sábado, ou preferivelmente o domingo.  Mas também já cresce o número de atividades que usam a 2a.feira como dia de descanso. São aquelas que têm o "f i m de semana" como dias de intensa movimentação (como restaurantes, bares, teatro, comércio de praia, cabeleireiros, parques de diversão, atividades de lazer,etc).
                                               ANALISANDO
     Para colocar bem o assunto, devemos começar a perguntar: é necessário mesmo guardar um dia da semana? Por causa do descanso ou por uma devoção religiosa? Afinal o que é guardar um dia? O que se pode fazer nele? Qual o dia correto para se guardar? E quando o emprego exigir trabalhar no dia de guarda, será  isso justificável ou não?  Para quem é a ordem de guardar um dia:  só aos cristãos ou também para todas as pessoas?
     As respostas para todas essas perguntas não e fácil  nem pode ser muito objetiva. A prova é que até hoje essas questões não foram resolvidas. Os judeus ainda discutem, depois de milênios, o que se pode comer no sábado, quanto se pode andar ou que atividades são permitidas. O assunto entrou inclusive pelo cristianismo a dentro, exigindo do apóstolo Paulo uma definição. Sua posição a respeito (Rm.14:5,6,13) consiste muito mais em uma orientação de conduta cristã do que em uma definição legal ou mesmo formal. O próprio Senhor Jesus, que não negou cumprimento à lei, não "guardou" o sábado como os fariseus do seu tempo queriam, mas deixou-os perplexos (Mt. 12:1-14 e Mc. 2:23-28).  Os cristãos primitivos, que ainda se diziam judeus, se reuniam freqüentemente no primeiro dia da semana, dia que mais tarde foi chamado de domingo (At. 20:7).  E é bom lembrar, que à época, e por muito tempo, o primeiro dia era dia de trabalho, equivalente hoje à nossa 2a. feira. Só mais tarde, com a "conversão" do imperador Constantino, é que o 1o. dia, chamado domingo (que quer dizer DIA DO SENHOR ) foi oficializado como o dia do repouso semanal e de guarda religiosa. Sua deliberação é mais do que compreensível: Precisando agradar aos cristãos, instituiu o dia preferido de suas reuniões em feriado semanal, proibindo o trabalho e assim os liberando para se reunirem à vontade.
                               A  INSTITUIÇÃO  DO  SÁBADO
     Reportando-nos à instituição da guarda do sábado, voltamo-nos para a obra da criação, em que o Senhor Deus trabalhou 6 dias e descansou no 7o.dia (Gn. 2:2,3).  É evidente que Deus não se cansa (Is. 40:28). A referência ao seu descanso é claramente figurada, como o é a expressão de Jesus de que seu pai "trabalha até agora..." (a partir da criação). O 1o. descanso semanal (que não se chamava SÁBADO) foi um exemplo para uma necessidade de todos os homens (inclusive se constituindo em um antídoto contra a ganância de trabalhar demais), enquanto a menção ao trabalhar "até agora"  é um alerta a vigiar sem esmorecer.
     De forma bem clara, portanto, sabemos que Deus instituiu o sábado, que quer dizer DESCANSO, por causa do homem (Mc. 2:27).  Não fica bem, então, segundo palavras do Senhor Jesus, o homem se escravizar ao sábado (ou muito menos ao domingo ou a qualquer outro dia).
     As finalidades de Deus ao instituir o sábado, foram o descanso e a devoção a Ele, fins perfeitamente conciliáveis (Ex.20:8-11).  Isso Ele o fez no conjunto geral de mandamentos, chamado LEI.  Devemos nos lembrar, entretanto, de como Deus entregou a Lei.  Deus não queria lei, não precisava dela, não a criou desde o princípio, com as demais coisas e só  a deu a pedido de Seu povo, Israel (Ex. 19:8).  Deus mesmo é a LEI.  Ele queria e quer que a lei seja melhor compreendida na comunhão com Ele.  Sendo a lei um padrão de homem ideal que Deus quer, Ele a demonstrou em Seu Filho, a LEI-VIVA e encarnada. Basta, portanto, imitar e obedecer a Cristo, para se cumprir a Lei (Gl. 5:14 e Rm. 13:8-10 ).  E para não haver dúvidas quanto à interpretação da Lei, o Senhor nos deu o Seu Espírito Santo, que habita conosco e nos ensinará tudo o que precisamos saber (Jo. 14:26 e 16:13). Com Ele, o ES, o cumprimento da Lei se torna possível. (Será que é fácil?)
                                               SIGNIFICADO  ESPIRITUAL
     Quando alguém se arrepende e se converte, Jesus passa a ser o SENHOR de sua vida (Mc. 8:34), dono de todo o seu tempo. Nesse caso, todos os 7 dias da semana serão consagrados, ao contrário de um só.  As finanças serão entregues ao Senhor totalmente, ao contrário de apenas o dízimo.  Sendo assim, perde todo o sentido a noção de um dia semanal de guarda.  É óbvio, então, que se já temos o domingo, no mundo ocidental, como o dia preferido de descanso, que seja este também o dia de nossas mais intensas atividades religiosas. E por atividades religiosas queremos nos referir ao que é mais puro, a prática da religião verdadeira (Tg.1:27) e não somente a execução de reuniões, o que é possível fazer em qualquer dia. Caso seja o sábado, ou a 2a. feira ou outro qualquer, o nosso dia de descanso, façamos o mesmo. Descanso das atividades rotineiras e seculares, sim. Mas trabalho em atividades espirituais, também sim. 
     Se este padrão de verdadeira submissão ao senhorio de Cristo é alto demais, um simulacro de religião farisaica, guardando dias (Is. 1:13, 14 e Rm.14:5,6), não será melhor solução, a menos que se queira anular a graça de Cristo (Gl.2:21),  aquele tão alto preço por que fomos comprados.
                                               APLICAÇÕES
1)     A necessidade de um dia semanal de descanso,  bem como de férias periódicas é um fato e reconhecido por Deus. O seu cumprimento nos faz bem em todos os sentidos e se constitui em um antídoto contra a ganância (Sl.127:1,2 e Rm. 4: 5)
      2)   O padrão de homem que Deus quer é Jesus, de quem a Lei é uma pálida descrição, em linguagem "humana". Quem é perfeito em Cristo cumpre toda a lei. E dedicando todos os dias ao Senhor, qualquer dia específico estará guardado tem bem.
      3)      Não podemos condenar quem quer que seja pela guarda de dias, ou pela falha em guardá-los (Rm.14:5,6).
      4)      Quem não tem a Jesus corno Senhor total de sua vida e não é dirigido pelo ES, certamente que já está em pecado, em algum ponto da Lei, independente de guardar dias.
      5)      A verdadeira guarda de dias se cumpre na devoção pessoal ao Senhor e na prática da religião verdadeira, atendendo às necessidades das pessoas carentes e se santificando para Deus (Tg. 1:27).

      6)      Devemos usar a sabedoria e aproveitar os dias da melhor maneira possível. Por exemplo, para evangelizar pessoas, os melhores dias costumam ser de 2a. a 6a. feira, enquanto elas estão absortas em seu trabalho. Para reuniões de consagração e culto a Deus, os dias de descanso e feriados são os mais apropriados, pois a disposição física contribui. 

                   Que você honre ao Senhor, não permitindo que sua consciência seja acusada não pelo Senhor!