segunda-feira, 18 de agosto de 2014

"LEI DAS PALMADAS” e suas ARMADILHAS


"LEI DAS PALMADAS” e suas ARMADILHAS



Pr. Érico R. Bussinger


No dia 20/07/2010 o Presidente Lula enviou ao Congresso Projeto de Lei regulamentando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)- a lei 8.069, em especial o seu artigo 18, que proíbe maus tratos contra a criança e o adolescente. Pela lei do ECA, que completou 20 anos, não é esclarecido que tipo de maus tratos pode ser considerado como crime.





Pelo projeto atual, enviado ao Congresso, fica proibido qualquer tipo de castigo físico, como beliscões, tapas, cascudos ou mesmo palmadas, qualquer que seja a intensidade. O castigo corporal fica definido como “ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso de força física que resulte em dor ou lesão à criança ou adolescente”. Professores, assistentes sociais, educadores, religiosos ou mesmo os pais, todos ficam incluídos na proibição.





Pela lei, se aprovada e sancionada, a palmada dada pelos pais será equiparada ao espancamento aplicado por qualquer pessoa. Seja na criança de 3 anos, em casa, ou no “menino de rua” de 17 anos. A aplicação da lei se dará através do Conselho Tutelar e dependerá do exame de corpo de delito ou mesmo bastando o testemunho de terceiros, como vizinhos, parentes, funcionários ou assistentes sociais que queiram delatar o “infrator” ao Conselho Tutelar.





Independente da nossa discordância, com base na Bíblia, que nos ensina a disciplinar os filhos, corrigindo-os no temor de Deus, fica claro para nós a intenção geral da medida, que é de banalizar o assunto, equiparando a disciplina ao espancamento e dificultando o cumprimento de PV.22:6 - “ensinar a criança no caminho em que deve andar”.





Se os pais cristãos ficarem à mercê do discernimento e julgamento de outros, como os membros do Conselho Tutelar, ou vizinhos, às vezes não muito amigos ou mesmo de parentes antipatizados, imagina-se o medo em que se vai viver. A qualquer momento pode-se ouvir a ameaça de um parente: “Eu vou contar...” Quando pais forem repreender seus filhos, podem muito bem ouvir a resposta: “se me bater, eu vou denunciar vocês pro Conselho Tutelar...” Professores, que já vivem hoje amedrontados, perderão ainda mais a autoridade. E que ensino se pode dar, quando não se tem autoridade e se vive com medo? E quando as crianças, por si mesmas, “inventarem uma suposta agressão”, o que é muito comum, em princípio o pai ou educador será considerado infrator. Quem sentiu a dor foi ela, a criança. E a lei diz que basta a dor , para caracterizar o castigo. Os papéis vão se invertendo. A palavra com crédito será a da criança, que sofreu a dor, mesmo que não haja marcas de agressão ou castigo. Entre a criança e os pais a criança será mais acreditada. Os pais, em princípio, serão suspeitos. Pela Bíblia os pais representam a autoridade de Deus. Mas no Brasil a partir de agora...





A seguir, expressões literais do Presidente Lula a respeito do assunto: (sem comentários mais)





- “Beliscão é coisa que dói”





- “Vai ter muita gente reacionária nesse país que vai dizer: Não. Tão querendo impedir que a mãe eduque o filho. Tão querendo impedir que a mãe pegue uma chinelinha Havaiana e dê um tapinha na bunda da criança. Ninguém quer proibir o pai de ser pai e a mãe de ser mãe. Ninguém quer proibir. O que nós queremos é apenas dizer (com a lei): é possível fazer as coisas (quais?) de forma diferenciada”





- “Se punição resolvesse o problema a gente não teria tanta corrupção nesse país, a gente não tinha tanto bandido travestido de santo (seriam os evangélicos desviados na cadeia?)”



Postado por Pr. Érico R. Bussinger às 10:15

ADEUS PREGADORES INTOCÁVEIS

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

É INACREDITÁVEL... MAS É O NOSSO BRASIL!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Recebi esta informação, que mostra a realidade atual no nordeste do país. Leia.
06 de julho de 2010.

Aconteceu no Ceará!
Curso para 500 mulheres.

Como o setor têxtil é de vital importância para a economia do Ceará, a necessidade de mão-de-obra na indústria têxtil é imensa e precisa ser constantemente formada e preparada.

Diante disso, o Sinditêxtil fechou um acordo com o Governo para coordenar um curso de formação de costureiras.

O governo exigiu que o curso deveria atender a um grupo de 500 mulheres que recebem o Bolsa-Família. De novo: só para aquelas que recebem o Bolsa-Família.

O importante acordo foi fechado dentro das seguintes atribuições: o Governo entrou com o recurso; o SENAI com a formação das costureiras, mediante um curso de 120 horas/aula; e o Sinditêxtil com o compromisso de enviar o cadastro das formadas às inúmeras indústrias do setor, que dariam emprego às novas costureiras.

Pela carência de mão-de-obra, a idéia não poderia ser melhor.

Pois bem, o curso foi concluído recentemente e, com isso, os cadastros das costureiras formadas foram enviados para as empresas, que se prontificaram em fazer as contratações.

E foi nessa hora que a porca torceu o rabo, gente. Anotem aí: o número de
contratações foi ZERO. Entenderam bem? ZERO!

Enquanto ouvia o relato, até imaginei que o número poderia ser baixo, mas o fato é que não houve uma contratação sequer. ZERO.

Sem nenhum exagero. O motivo?

Simples, embora triste e muito lamentável, como afirma com dó o diretor do Sinditêxtil: todas as costureiras, por estarem incluídas no Bolsa-Família, se negaram a trabalhar com carteira assinada. Para todas as 500 costureiras que fizeram o curso, o Bolsa-Família é um benefício que não pode ser perdido. É para sempre. Nenhuma admite perder o subsídio.



SEM NEGOCIAÇÃO.

Repito: de forma uníssona, a condição imposta pelas 500 formadas é de que não se negocia a perda do Bolsa-Família. Para trabalhar como costureira, só recebendo por fora, na informalidade. Como as empresas se negaram, nenhuma costureira foi aproveitada.

Casos idênticos do mesmo horror estão se multiplicando em vários setores.


QUEM ESTÁ CRIANDO ELEITORES DE CABRESTO, COMPRADOS ATÉ EM SUA DIGNIDADE, QUE SE RECUSAM A TRABALHAR PELO SEU SUSTENTO?

E QUEM PAGA O PATO, TODO MÊS, ao Imposto de Renda, com até 27,5 % do seu salário?

Quem criou o trabalho, trabalha até agora e manda que trabalhemos também? Está entendendo?

Postado por Pr. Érico R. Bussinger às 11:15

Os Rumos do Brasil


domingo, 17 de agosto de 2014

A SALVAÇÃO SE PERDE?

QUANDO DEUS VOLTA ATRÁS...


Pr. Érico Rodolpho Bussinger


Há um assunto na Bíblia que constantemente ressoa na minha mente, que é a GRAÇA. E isso ocorre tanto mais quanto mais a mente “racionaliza”. É muito difícil uma pessoa pensar “livre” de seus paradigmas. Um evangélico tradicional, por exemplo, não consegue visualizar comunhão espiritual com um católico, ou vê-lo no Céu ao seu lado. Pelos nossos princípios fundamentalistas, eles não poderiam ter a salvação, que nós evangélicos tanto realçamos em nossas pregações e doutrinas. Por isso mesmo não se concebe um evangélico distanciado da doutrina da salvação. Em princípio todo evangélico é doutrinado para ter essa doutrina bem clarificada e lembrada em sua mente. Mas como uma ironia religiosa, tem freqüentemente ocorrido que evangélicos de nossos dias não sabem muito sobre essa doutrina , pois uma vez que a mensagem de salvação vai ficando “saturada” na sociedade, até mesmo os evangélicos vão buscando outras “novidades” teológicas. E isso é preocupante...


O entendimento bíblico sobre a salvação pressupõe a compreensão da graça de Deus, o tão desejado dom, que vem nos trazer “favores não merecidos” da parte de Deus. Tão somente pelo crer (Ef.2:8,9).


O profeta Ezequiel ilustra muito bem a diferença entre o ponto de vista de Deus e o nosso, sobre o merecimento humano (Ez.18:17). Dificilmente nós conseguimos nos desprender da idéia de que há “pessoas boas” e outros “perversos”. E até mesmo num esforço de antropomorfismo Deus usa para conosco os termos “justo” e “perverso”. Quando, por atos pecaminosos praticados o “perverso” receber uma sentença da parte de Deus (sempre de morte – Rm.6:23) e houver por parte dele uma “conversão”, Deus promete “voltar atrás”(Ez.18:14,15). O mesmo com relação a um “justo”, que se desvia (Ez.18:13). Deus afirma nesse caso que “voluntariamente” vai se “esquecer” de tudo que esse justo “já havia feito” . Nós questionamos então: “Isto é justo?”-e os nossos créditos de bondade acumulados?(v.17,20). Deus responde: “Quem julga sou Eu- vai ser assim” (Ez.18:20).


O mesmo raciocínio de Deus se aplica no Novo Testamento, quando Jesus estabelece a necessidade de existirem frutos que caracterizem a graça, basicamente o perdão : Se nós não perdoarmos, também não seremos perdoados. Jesus estabelece como “preço” que temos que “pagar” pela graça que recebemos para a salvação exatamente o perdão “aos nossos devedores” (Mt.6:14,15). Este é o preço. O mais atordoante para nós evangélicos, entretanto, é a parábola do credor incompassivo (Mt.18:23-35). Nela Jesus mostra que DEUS VOLTA ATRÁS (v.34,35). A mesma mensagem Deus havia revelado ao profeta Ezequiel: Deus volta atrás... As condições são agora muito claras: 1) é para nós; 2) isso diz respeito ao perdão para salvação e 3) todos os crentes estão sujeitos a essa possibilidade. Pense numa pessoa que já está há 20 anos convertida e membro de igreja. Se após todo esse tempo ela não perdoar alguém que a ofende, Deus vai voltar atrás e cobrar TUDO que Ele já tinha perdoado a esse crente. Que pode ser você!


Ou será que não é isso que DEUS falou ao profeta Ezequiel e que JESUS falou para nós?


Não será mais “seguro” para nós o nos apegarmos à doutrina: “UMA VEZ SALVO, PARA SEMPRE SALVO”?, ao invés de ficarmos pensando que Deus pode voltar atrás em tudo que Ele já nos perdoou?


A diferença nessa escolha se manifesta claramente em nossa atitude do dia-a-dia: ou soberba moralista ou humildade perdoadora?



Será possível então discernirmos uma pessoa salva?