domingo, 16 de julho de 2017

Padrão de Mulher na Bíblia

SUBMISSÃO É A MARCA DE DEUS PARA A MULHER
                         (ou FILHAS DE SARA-III)
                     PR. Érico Rodolpho Bussinger
     Como pastor, chamado por Deus, e por Ele responsabilizado para orientar pessoas (que queiram) em como devem viver para agradar a Deus, não posso fugir dos temas família, educação e sexo, entre tantos outros igualmente importantes. E como entendemos que o Reino de Deus deve se expandir através do discipulado, há necessidade de termos em mente padrões bíblicos para serem repassados às próximas gerações (naturais e espirituais).
     No caso do modelo feminino a Bíblia não é de modo algum omissa.  Eva, que era o protótipo, se deixou influenciar pelo inimigo, contaminando assim toda a raça humana, ela e seu esposo Adão. Deus então passou a focalizar também outras mulheres, através da Bíblia, para que pudessem ser tomadas como modelos do tipo de mulher que Ele deseja. Para a formação do modelo feminino bíblico muitas mulheres contribuíram, cada uma delas em áreas específicas de suas vidas. A própria Eva, embora não pareça ter sido muito virtuosa e embora tenha pouco de sua história registrada, também pode contribuir grandemente para a construção de um modelo bíblico para a feminilidade, através da aceitação de toda a fórmula divina estabelecida. Está registrado no livro de Gênesis que foi à Eva que Deus determinou como deveria proceder. E cremos que ela o fez. Por exemplo, sobre o sexo, ela deve ter satisfeito o marido, gerando muitos filhos e filhas (Gn.5:4). Cremos também que a Eva compreendeu que, após o pecado, para a mulher se satisfazer teria que primeiro satisfazer o marido (Gn.3:16). Sobre trabalho, criação de filhos, tarefas domésticas etc., a Eva também deve ter se posicionado como deveria.
     Por todo o tempo da construção da arca, durante o dilúvio e após o mesmo, cremos que a mulher de Noé também lhe foi ajudadora fiel.
     Após o dilúvio, se destaca (e com muitos detalhes na Bíblia) a participação virtuosa da Sarai (Sara) como uma esposa participativa, submissa e agradável. Abraão a amou, valorizou e realmente se encantou com ela. A Sara é tomada na Bíblia como a mulher cuja feminilidade deve ser imitada por aquelas mulheres que, igualmente, querem ser vitoriosas e agradáveis a Deus. (1Pe.3:6). Ela encantou o marido e conseguiu dele o que quis. Sara não foi mulher de oração, poetisa, profetisa, sacerdotisa. Simplesmente ela foi mulher! O que Deus queria que a Eva fosse, a Sara o conseguiu, tornando-se dessa forma, a mulher-modelo da Bíblia. E as “Filhas de Sara” serão todas aquelas mulheres, em todas as eras da humanidade, que entenderem o seu papel como esposas, agradando assim ao Senhor. Elas poderão ser boas donas de casa, boas mães, mulheres de oração, mulheres espirituais e até, segundo Salomão, mulheres profissionais, empresárias e administradoras (Pv.31:10-12). Mas sem esquecer o chamado inicial de Deus, para o qual as mulheres foram criadas, auxiliadoras idôneas de seus maridos! (Gn.2:18).
     Muitas outras mulheres ornaram a galeria bíblica das mulheres, como a Lia e a Raquel para Jacó, a Rebeca para o Isaque, a Rute, cuja simplicidade, fé e submissão dispensam apresentação, a Débora, mulher de oração e ação, a Abigail do Davi, a rainha Ester e, no Novo Testamento, a Isabel, a própria Maria, a sua xará Madalena, a Lídia de Filipos e as muitas obreiras mencionadas pelo apóstolo Paulo. Há também, na galeria das mulheres da Bíblia, e não podemos nos esquecer dela, a Jezabel, que por suas ações e iniciativas, desempenhou um papel preponderante de liderança na nação. Discípulas da Jezabel não faltam na vida política de qualquer nação. A própria mulher virtuosa, que Salomão não encontrou (Pv.31:10 e Ecl.7:28), se quiser atender a tudo que ele lhe atribui, corre o risco de se tornar uma Jezabel. Até nas igrejas e na vida religiosa, isso pode ocorrer (Ap.2:20).
     Embora Maria, mãe de Jesus, tivesse sido uma mulher virtuosa, teve que receber graça especial- então não pelo seu mérito (Lc.1:28)- para a sua tarefa mais importante, que era a de criar seu filho primogênito, de forma simples, educando-o bem e lhe ensinando o caminho da Lei. O resto seria por conta do Pai.  Mas nem mesmo a Maria encontra na Bíblia qualquer texto orientando as demais mulheres a lhe serem seguidoras.
     O modelo bíblico para a mulher é a SARA (1Pe.3:5,6).  Por sua simplicidade e submissão, ornou a sua beleza interior (o que às vezes é chamado na Bíblia de graça), a ponto de “encantar” a todos que a viam. Não era a beleza exterior o seu destaque (1Pe.3:3,4), mas a beleza interior, denominado: “um espírito manso “(1Pe.3:4).   Abraão simplesmente esteve em suas mãos, querendo agradá-la em tudo. E as filhas de Sara, hoje, serão aquelas que, tão somente mulheres, como a Ester, que achava favor de todos quantos a viam (Et.2:15), estarão cumprindo o propósito original de Deus na criação, através de sua beleza interior, o que atrai seus maridos. E assim satisfarão plenamente o projeto de Deus.
     Ser como Sara é o modelo bíblico para a mulher!

Que Deus nos dê muitas “FILHAS DE SARA” hoje em nosso meio.