LEVITA
ou PRIMOGÊNITO
Pr.
Érico Rodolpho Bussinger
Procure entender os fatos narrados na
Bíblia, a fim de saber em que situação espiritual você se encontra.
Deus Escolheu Abraão e prometeu separar e abençoar a sua descendência, para que através deles fosse toda a raça humana também abençoada. O tempo foi passando e a família escolhida veio a ser a descendência (toda) de Jacó, a quem Deus denominou o povo de Israel. Em princípio Deus determinou que todos de Israel fossem sacerdotes (Ex.19:6), ou seja, tivessem o privilégio e a responsabilidade de se chegarem a Deus para interceder pelo restante da humanidade. O povo todo de Israel, amedrontado pela presença de Deus (Ex.20:19-21), abdicou desse privilégio e preferiu ficar de longe, esperando que Deus designasse Moisés e outros para serem sacerdotes.
Quando Deus tirou o seu povo de Israel do
Egito, matou todos os primogênitos de lá e consagrou
para Si todos os primogênitos de cada família em Israel (Ex.22:29 e
Nm.3:13). Eles seriam os sacerdotes. Um plano bem arquitetado, para abençoar
cada família, esperando que todas as famílias em Israel pudessem ser santas.
Mas o plano também não deu certo, porque todos os primogênitos se omitiram em
se apresentar a Deus e Ele desistiu de fazer todas as famílias funcionarem no sacerdócio. Foi quando Deus separou a tribo de Levi (até então
eles se tinham mostrado santos- Ex.32:25-29) e a tomou para sacerdotes em lugar
dos primogênitos (Nm.3:12), que foram rejeitados para o sacerdócio, vindo a ser
contados como o restante do povo.
Essa mudança nos planos de Deus, bem como outras narradas na Bíblia, se deu em função da atitude do Seu povo. E o mesmo continua a acontecer até nossos dias. Como Deus estabeleceu em toda a criação que o homem (criado à Sua imagem e semelhança) tivesse participação em toda a História da humanidade, essa aparente mudança de planos dEle se dá devida às falhas humanas, sem contudo alterar os Seus desígnios de benignidade (1Tm.2:4, Ex.18:32).
Para nós a diferença entre o sistema de
sacerdócio levítico e o primogenital é total. Significa a diferença
entre o Antigo e o Novo Testamentos, ou a diferença entre religião e Reino de
Deus. Por desconhecer esses princípios bíblicos, muitos acabam edificando uma religião ao invés de edificar o corpo de
Cristo. Exemplos bem claros disso são os fariseus e o catolicismo romano.
Ambos começaram bem. E terminaram em religião somente. Mas não estão sozinhos...
Em nosso meio evangélico, podemos perceber também claramente a diferenciação entre “clérigos” e “leigos”. Quando não deveria ser assim. Em Cristo todos deveriam ser santos, ou seja, separados para Deus (Gl.3:28). Em Cristo todos deveriam ser sacerdotes (1Pe.2:9), como os primogênitos. Mas na prática, o que há nas igrejas são na maioria cristãos carnais, que não têm vida espiritual própria, dependendo de outros para serem sacerdotes a seu favor, que são os “clérigos” da igreja, os profissionais da religião (obreiros, pastores, líderes, cantores, ministros, missionários, etc.) . Um sistema religioso profissional, organizado como uma empresa religiosa, em geral é o de que o povo gosta mais e são as denominações que “dão certo”, ou fazem sucesso.
A conseqüência de o povo evangélico
retroceder, como os gálatas, para um sistema meramente “religioso” (o que se vê hoje) é que, como povo, torna-se
sal insípido para a nação. Em sua esmagadora maioria, os evangélicos não sabem
nem dizer a razão da sua fé. Também são incapazes de interceder pela sua nação
e não percebem nada das ações de Satanás
em seu meio. Os evangélicos acabam se misturando com os demais, tornando-se
apenas números na multidão, correndo atrás de dinheiro e interesses materiais.
A única
diferença dos demais é que no domingo eles vão à igreja, para ratificar a sua religiosidade.
E continuam a depender em tudo de “seus
sacerdotes”.
E Deus olha tudo isso com imensa tristeza,
como fez no Monte Sinai.
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