DONALD TRUMP E O ANTI-CRISTO
Pr. Érico
R. Bussinger
Contra todas as expectativas e
perspectivas do mundo todo, que se tornaram mais em torcidas do que análises
(pelo que elas devem ser questionadas), sagrou-se
eleito Presidente dos EUA o mais
indesejado candidato, o misterioso
DONALD TRUMP. Conhecido muito mais por ser bilionário e
extravagante, do que propriamente por suas idéias, Trump adotou algumas
bandeiras políticas altamente criticadas pela maioria do mundo e inclusive pela
unanimidade da grande mídia de sua pátria.
Prometendo fazer o país retornar às suas origens, reavivando o potencial
da indústria dos EUA, Trump visualiza fazer com que os rendimentos da economia
se traduzam em bem-estar para os norte-americanos, ao invés de serem
canalizados para outros países, como a China, e para a grande massa de
imigrantes estrangeiros de seu país.
Com essas bandeiras políticas ele quis
agradar a grande classe média americana, incluindo nesse conjunto todos os
conservadores cristãos, que têm vivido estupefatos ante a inclinação
vertiginosa dos EUA em direção à liberalização
dos costumes e da ideologia de
gênero, à pregação da laicidade do estado, combatendo o cristianismo e
dos ataques à família. Isto foi o
que fez parte da grande bandeira política do Obama, que ele chama de "a
mudança" (change). Com os rumos que
o país tomou nos últimos anos, a Economia migrou rapidamente para o
fortalecimento da China e da Ásia e as idéias políticas fizeram os EUA andarem
a reboque da Europa.
Nos últimos anos a Europa deu a bandeira
(como as mudanças climáticas) e os EUA deram a "polícia" (seus
exércitos) para manterem a paz e a ordem no mundo. Há muito tempo também a ONU se despregou
totalmente dos EUA, embora mantenha nesse país a sua séde.
O significado escatológico disso tudo é
claro: Só mesmo um milagre de Deus poderia fazer o Trump ser eleito. Ele fez também a maioria do Senado e da
Câmara dos Deputados. De quebra, ainda fará a nomeação do novo ministro da Suprema
Côrte, desequilibrando o empate atual nessa côrte. Só mesmo milagre!
A eleição de um conservador que se diz
cristão e se faz acompanhar por outros cristãos conservadores retardará um pouco a formação do grande bloco de apoio ao
Anti-Cristo, aquele que unirá EUA, Europa e o ocidente. Por outro lado, a atuação nacionalista da
política de Trump unirá mais rápido ainda o Oriente em torno da China, o que
será o outro bloco adversário na batalha do Armagedon, quando Jesus Cristo
voltará. Quanto à Rússia do sr.Putin,
que inicialmente mostra satisfação com a vitória de Trump, logo revelará suas
diferenças, aproveitando um clima de guerra fria com os EUA, para unir a sua
base de apoio, qual seja, a Turquia, Irã e os países árabes, numa bandeira
comum de ataque a Israel. Nisso a Rússia de Putin será o Gogue dos cap.38 e 39
de Ezequiel, que invadirá Israel.
Como se pode concluir, apesar de a eleição
de Trump representar uma aparente aglutinação de forças conservadoras contra o
espírito do Anti-Cristo, creio que será a última chama de oportunidade, como o
reinado do Rei Josias em Judá, antes do cativeiro. A oportunidade de os
cristãos e forças conservadoras se aglutinarem nos EUA será de curta duração e
sem dúvida a última oportunidade. Trump
não conseguirá ser um bom líder, poderá sofrer atentado no meio do mandato e
fará os organismos internacionais, a mídia, os formadores de opinião e as
forças religiosas seculares, todos se unirem contra os cristãos, dando ensejo à
plataforma de um "salvador" do mundo, capitaneado pela ONU, que será o próprio Anti-Cristo. Ou seja, a
eleição de um conservador cristão (que ele propriamente não é) só fará unir
mais depressa as forças oposicionistas liberais e reformadoras . Isso "asfaltará" o caminho do
Anti-Cristo.
Além do mais, a globalização é uma realidade inegável (embora não do gosto da
maioria) e sozinho o Trump não poderá enfrentá-la. Ao final, Trump sairá vencido. E com ele todos os cristãos e conservadores do
mundo todo.
Donald Trump não representa só os
evangélicos norte-americanos. E também
não podemos dizer que Deus é a verdadeira paixão dele. O fato de Deus, que é soberano, tê-lo
"eleito" não significa que ele fará toda a vontade de Deus. Na Bíblia
os livros dos Reis e de Crônicas ilustram muito bem a História. E Donald Trump será apenas mais um. Mas não devemos nos esquecer que Deus,
soberano que é, pode continuar "escrevendo a História", embora com
"linhas tortas", usando quem
Ele quiser. No passado Ele usou o Faraó,
o Nabucodonosor, o rei Ciro da Pérsia e muitos outros, sem que necessariamente
eles fossem seus seguidores. Deus pode eleger e
usar o Trump também.
Em resumo, ninguém pode duvidar de que
somente um milagre (de Deus) poderia eleger o inicialmente desacreditado Trump.
E também não foi por sua capacidade, ou habilidade política, que ele foi
eleito. Mas com toda certeza, Trump foi eleito para
cumprir um papel importante nestes últimos tempos, inclusive unir o mundo e
revelar o Anti-Cristo (que inicialmente será o Anti-Trump). Rio, novembro de 2016
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