O Pr. Márcio Valadão, da Batista da Lagoinha, leu
este texto na íntegra pela manhã do
domingo 16 de dezembro 2016 no culto e a igreja foi impactada de tal forma, que
as lágrimas de arrependimento pela nação brasileira foram inevitáveis! Leia:
UMA NAÇÃO
SOB JUÍZO...
Nós estamos, claramente, passando por um
tempo de juízo no Brasil. A derrocada da nossa economia, a violência
crescente, as catástrofes naturais sem precedentes, as pragas manifestadas por
epidemias e doenças que há pouco tempo nem se conhecia e tantas outras
realidades que afetam tragicamente a vida dos brasileiros hoje, não são apenas
uma infeliz coincidência. Deus está
açoitando uma nação que não reconheceu o tempo da sua visitação e desprezou a
graça que lhe tem sido oferecida.
Que
o Espírito foi derramado sobre o Brasil, ninguém pode negar. Nas últimas
décadas vimos muitas manifestações do seu agir, produzindo movimentos
sobrenaturais e abrindo portas amplas à pregação do evangelho. Profetas e mais
profetas se levantaram aqui e vieram de outras nações para soprar fôlego de
vida sobre nossa nação. O que fizemos, porém, com tudo isso?
O Brasil dos quarenta milhões de
evangélicos de hoje é mais podre e mais corrupto do que o de ontem, que tinha
menos crentes. Estamos vendo as entranhas da nossa classe política e
empresarial sendo expostas com sua vergonha pela Justiça, mas isso é só uma
tênue amostra do que, de fato, é a ética e a moral do nosso povo. Sim, do nosso
povo, pois a desonestidade indecente não é marca apenas dos políticos, mas de
grande parte de nossa população, incluindo, pobres e ricos, cultos e indoutos,
descrentes e... Evangélicos! Infelizmente,
professar a fé em Jesus não denota mais o compromisso de andar como Ele andou.
Eu gostaria de dizer outra coisa, mas
minha percepção profética não permite. Nossos próximos anos não serão fáceis. De uma forma geral, as coisas vão piorar.
Não falo apenas de economia (pois para isso, não é necessário ser profeta), mas
de tragédias que abalarão as estruturas da nossa nação. Guardem o que estou
dizendo. Povos de outras línguas comerão o nosso pão e rirão do nosso luto.
Falo em nome do Senhor!
Uma leitura de Jeremias 5 pode nos ajudar
a enxergar o Brasil de hoje como Deus enxerga. Recebi esse texto de uma jovem,
durante um tempo de oração, e entendi perfeitamente o recado de Deus. Sua vara
fustigará os nossos lombos. Até quando?
Até que sejamos quebrantados, como nação.
Historicamente, quando Deus envia juízo,
Ele encontra um remanescente que o busque e que aplaque a sua ira. Que façamos
parte disso! Permanecer fiéis não nos
livrará completamente das dores da disciplina, mas nos dará a força que
precisamos para resistir e a oportunidade para sermos testemunho e voz
profética no meio do caos.
Temos que nos arrepender! O altar tem sido
profanado nesta nação e a oferta do Senhor, desprezada. Se é verdade que
milhões e milhões lotam os templos, é
verdade também que uma grande parte (dos evangélicos) aí está (também) servindo
a Mamon, cultivando sua velha ganância, buscando o brilho da prata, só que
agora “em nome de Jesus”. Pior, isso inclui uma parte considerável da classe
pastoral.
Temos que nos arrepender da feitiçaria,
não somente daquela que é feita nos terreiros e encruzilhadas, mas da que é
praticada nos altares evangélicos. Chega
a ser absurda a supersticiosidade e o sincretismo maligno fomentados por uma
legião enorme de falsos mestres e falsos profetas, que se multiplicam como
ratos. A venda de objetos e rituais com supostos poderes miraculosos mistura
o comércio com o engodo na Casa de Deus. Outro dia, assisti um vídeo em que
pastores de uma das maiores denominações do Brasil desciam a uma mina de ouro
para buscar a “água da prosperidade”, para ser distribuída (ou vendida) aos
fiéis que, certamente, ávidos pelo apelo das riquezas mundanas, nem se dariam
ao trabalho de julgar o desvio teológico e de perceber o ridículo a que seriam
induzidos.
Uma
liderança “cristã” que ilude seu povo com águas da prosperidade, rosas
sagradas e lascas da cruz não é melhor que os pais de santo, que fazem o mesmo
em seus terreiros. Na verdade, é pior... E que diferença há entre um esotérico
que confia no seu patuá e um crente que, ao invés de colocar sua fé em Jesus,
recebe um “amuleto gospel” do seu pastor e o pendura em casa, como fonte de
proteção? Nenhuma!
Temos que nos arrepender da idolatria, não
só da que se pratica em procissões e templos consagrados a entidades mortas,
supostos “santos”, que têm boca, mas não podem falar. Há também idolatria às personalidades humanas nas igrejas protestantes,
com líderes e artistas sendo alçados pelo povo à categoria de “semi-deuses”,
acima do bem e do mal, muitos deles com um testemunho tão sujo que não
mereceriam admiração nem nos antros do mundo.
Como Deus não visitaria com juízo uma
nação que, tendo sido apresentada ao evangelho, segue expondo sua imoralidade a
céu aberto, nos carnavais e marchas gays da vida? Nossos governos erotizam
crianças em escolas públicas, com materiais pornográficos e nossas leis dizem
“bem-vindo” ao homossexualismo e toda forma de perversão sexual. Mas será que
esse espírito não está livre para atuar também nas casas das famílias
brasileiras e em muitos espaços da própria igreja? Pornografia, adultério, pedofilia, prostituição e pederastia não
mancham também os altares? O que dizer dos pastores e personalidades
“gospel” que estão no segundo ou terceiro casamento, sem argumentos bíblicos
que lhes desse tal direito; ou dos que usam o seu feitiço travestido de “unção”
para seduzir ovelhas aos matadouros da imoralidade?
Não estou falando de uma nação ignorante.
O evangelho foi apresentado ao Brasil. Muitos dos que afrontam a santidade de
Deus, ou estão na igreja, ou passaram por ela e decidiram voltar ao chiqueiro
do mundo. A maioria absoluta já, ao menos, ouviu a Palavra ou teve oportunidade
de fazê-lo e não quis. Portanto, somos
indesculpáveis.
Se Jesus proclamou juízo sobre a cidade
onde viveu, dizendo: “Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu?
Descerás até ao inferno; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres
que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje”; se Ele chorou
sobre Jerusalém, lamentando o fato de que seus filhos seriam entregues à
espada, já que ela não reconheceu o tempo da sua visitação (conf. Lucas
19:41-44), porque seríamos nós poupados,
tendo desdenhado tanto da Verdade, como nação?
Obviamente, no meio de tudo isso há um
povo fiel, um remanescente que teme ao Senhor e respeita a sua Palavra. Como
nos dias de Elias, enquanto Israel era fustigado com a seca e a fome, sete mil
joelhos recusavam curvar-se diante de Baal; como no cativeiro babilônico Deus
encontrou Daniel, Ananias, Mizael e Azarias, entre outros, para manter a honra
do altar, há muitos crentes e igrejas hoje
que, remando contra a maré, permanecem na Verdade. Que nos esforcemos para
fazer parte desse remanescente, pois é dele que pode brotar de novo a
misericórdia.
Os próximos anos não serão fáceis, fique
você avisado disso. A vara de Deus sobre
os lombos do Brasil já começou a arder e será pesada. Não é mero castigo,
mas a disciplina de um Pai que quer essa nação de volta. Ele é justo em
fazê-lo, não questione. Apenas disponha-se a ser um argumento que aplaque a sua
ira, a permanecer como uma testemunha fiel no meio das trevas, a chamar pessoas
para viverem o verdadeiro evangelho e a interceder, como legítimo sacerdote,
para que a justiça e a genuína fé cristã possam, de fato, voltar a prosperar.
Não me entenda mal, eu lhe peço. Eu não
sou um irresponsável, unindo-me a Satanás para acusar a igreja. Sou parte dela.
Eu a amo! Sinto vergonha dos seus
pecados, porque eles são meus também. Quero me unir ao Espírito e gemer por
ela. Quero ser um argumento para que a esperança e a fé verdadeira, comprometida
com a Palavra, não se apaguem de vez nesta nação. Ao contrário, que se
multipliquem, até que possamos virar esse jogo e ver o Senhor recolhendo a vara
da punição.
Por favor,
junte-se a mim nesta busca! Os próximos anos não serão fáceis para nós, mas há um caminho: “Se o meu povo, que
por mim se chama, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter
dos seus maus caminhos, eu ouvirei”, diz o Senhor (2Cr.7:14).
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